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segunda-feira, 11 de maio de 2015

EM PERNAMBUCO, ARMADILHA MIRA NA FILARIOSE E ACERTA NO MOSQUITO DA DENGUE

Fiocruz criou arma contra muriçocas, mas ela também atraiu Aedes Aegypti. No teste, foram extintos 71 mil ovos e 800 mosquitos da dengue em Olinda.

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) descobriram uma nova armadilha para combater os mosquitos da dengue em Pernambuco. Eles criaram uma caixa com larvicida e cola para atrair muriçocas, transmissoras da filariose. Mas, ao testarem a invenção, descobriram que ela também é capaz de capturar os Aedes Aegypti e, assim, combater a epidemia que já deixou mais de 460 mil infectados no país somente neste ano. A armadilha foi testada em 175 casasdo bairro de Olinda e, em apenas duas coletas, já conseguiu prender 71 mil ovos e cerca de 800 mosquitos da dengue, como mostrou o Bom Dia Pernambuco desta segunda-feira (11).

Os pesquisadores explicam que o equipamento é feito com uma caixa de plástico com uma abertura por onde entram os mosquitos, atraídos pela água que fica no seu interior. Mas, logo na entrada, fica uma borda adesiva capaz de prender os mosquitos e ovos. Caso eles consigam passar da fita, ainda se deparam com uma substância larvicida no interior da caixa capaz de matar as larvas assim que elas eclodem.
Bastaram duas coletas, com um intervalo de dois meses entre cada uma, para os pesquisadores perceberem que a armadilha não era eficiente apenas contra as muriçocas. “Veio a surpresa do Aedes, que está sempre dentro da armadilha”, conta a bióloga e pesquisadora do Fiocruz Rosângela Barbosa. “Acreditamos que é uma arma eficaz e pode contribuir bastante na redução da população de mosquitos no ambiente”, completa Morgana Xavier, também bióloga e pesquisadora.
Elas garantem que a arma está pronta para ser usada em todo o país. Agora, só é preciso que alguma instituição apoie a ideia e invista na produção industrial das armadilhas. “O que está faltando é uma empresa que se interesse na produção em larga escala, porque nossa produção é artesanal, uma produção de pesquisa. Para ela realmente ganhar campo, precisa de uma produção de alta escala”, explica Rosângela. (Informações do G1)
                                    

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